Os alunos do curso Design Gráfico, da Faculdade de Tecnologia Senac Goiás, Roberto Silvestre Castejon, Tatiane Rodrigues Azevedo de Almeida e Gabriel Isaac Lima de Sousa, deficientes auditivos, vivenciam diariamente na vida acadêmica, a importância de se ter um interprete em libras na hora de aprender.
Para Gabriel, as avós tiveram uma participação fundamental na formação dele. Elas procuravam instituições que tinham a presença de um intérprete e encontraram o Senac como referência para esta acessibilidade. “Sou grato ao Senac por abrir as portas para o público surdo”, ressalta.
Roberto, acadêmico há um ano, diz que já aprendeu muito. Para ele a Faculdade Senac o faz evoluir como pessoa e como profissional. Aluna do primeiro semestre, Tatiane, sempre sorridente, diz que aprecia o curso e que o Senac é sinônimo de crescimento profissional. Ela já enfrentou grandes desafios por ser deficiente auditiva, entre eles o bullying e a falta do intérprete em outras instituições.
A coordenadora pedagógica da Faculdade Senac, Divina Rosângela, diz que os benefícios de se ter interpretes em libras são diversos, mas em especial o de contribuir com um dos pilares da educação, que é a inclusão social. “A faculdade não só cumpre a lei, mas contribui para a redução da desigualdade educacional, oferecendo educação de qualidade para todos, com respeito à diversidade”, explica.
A acessibilidade é muito discutida, mas pouco colocada em prática. A lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou que tenha mobilidade reduzida. Mesmo regulamentada, a acessibilidade para muitos deficientes está distante.
A Organização das Nações Unidas (ONU), através de um decreto, tornou o ano de 1981, como o Ano Internacional das Pessoas com Deficiências, período em que foram destacaram os direitos dessas pessoas às mesmas oportunidades que os demais cidadãos têm, de desfrutar, igualmente, de melhores condições de vida resultantes do desenvolvimento econômico e social.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, desde 1948, dentre as várias leis que existem, encontra-se a seguinte: “Todo ser humano tem direito à educação”. A lei é clara: “Todo ser humano...”, ou seja, sem exceção, incluindo-se assim, os deficientes que dependem da acessibilidade.
O interprete em libras para o aprendizado acadêmico dos deficientes auditivos é indispensável porque este recurso é o que pode garantir o aperfeiçoamento profissional. Todos acadêmicos com alguma deficiência auditiva tem o auxílio de um intérprete na Faculdade Senac.