A Inteligência Artificial, seu lugar específico na economia do futuro e as potencialidades dos empreendedores goianos no presente e no futuro: essas foram as linhas gerais abordadas durante a segunda webinar da plataforma Senac Infinite, realizada na tarde do dia 4 de novembro.
O evento contou com a participação de três dos estudiosos mais respeitados sobre o tema, tanto em escala nacional quanto planetária: Sharon Arieli, PHD em Criatividade nos Negócios, Estatégia e Estruturas Inovadoras e professora sênior da Universidade Hebraica de Jerusalém; Arnaldo Tavares, engenheiro elétrico, mestre em Negócios pela University of Southern California (USC), mestrando em Ciência de Dados pela Universidade de Berkeley e executivo da Amazon Web Service (AWS), e Anderson Soares, doutor em Ciência da Computação e professor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O seminário teve início com Luiz Edgar Riekehr Junior, Diretor Educacional da Faculdade Senac Goiás/Sesc Cora Coralina, que introduziu o tema da relevância da criatividade no novo ambiente de negócios, bem como o de sua importância na criação de um ecossistema de empreendedorismo caracterizado pela capacidade de inovação em Goiás. O gestor salientou, como passo importante nesse contexto, o projeto de estruturação de uma incubadora de startups, conduzido pela Microsoft, além do oferecimento de pacotes de aprendizado online no setor, como o curso de Vídeos para Redes Sociais, além de formações na área de tecnologia, a exemplo do curso Gestão e Inovação e Criatividade Aplicável em Negócios na modalidade de Ensino a Distância (EAD), a ser ministrado em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, sob a coordenação da professora Sharon Arieli.
Em sua exposição, a estudiosa israelense ressaltou a importância da criatividade enquanto habilidade e ferramenta a ser utilizada em um ambiente de negócios competitivo. A professora argumenta que, no novo mundo criado a partir da revolução digital inaugurada pelo surgimento da internet, a criatividade ocupa o lugar mais importante entre as habilidades necessárias aos empreendedores do futuro. Em um ambiente no qual as faculdades mecânicas estão cada vez mais exercidas por máquinas, Arieli propõe que a criatividade será o fator-chave para a atividade humana, uma vez que o poder de criar será um dos únicos ramos de atividade no qual os seres humanos ainda serão insubstituíveis.
Em sua exposição, Anderson Soares, coordenador do programa Deep Learning Brasil, salientou as experiências inovadoras empreendidas no âmbito da UFG, entre elas uma enriquecedora experiência de interação entre empresas e comunidade de conhecimento nos programas de pós-graduação strictu sensu, com resultados promissores como a criação de um robô de entrega, resultado de pesquisa patrocinada pelo amplicativo I-Food. O acadêmico também destaca a criação, no âmbito da UFG, do primeiro curso de bacharelado em Inteligência Artificial do Brasil, cujos primeiros alunos já completam o primeiro ano de estudos, todos já detentores de bolsas de estudos oriundas de empresas apoiadoras da iniciativa.
Arnaldo Tavares optou por realizar exposição didática, voltada para orientação dos interessados em ingressarem na área de Inteligência Artificial quanto a conceitos básicos e o que estudar para um ingresso promissor nesse novo mercado de trabalho. O estudioso salientou, inicialmente, que a inteligência computacional ainda não equivale à humana, mas uma replicação ou imitação da inteligência humana por meio de diferentes técnicas. Tavares explicou ainda os conceitos de redes neurais profundas, machine learning e deep learning.