Jogos eletrônicos são, cada vez mais, uma das principais atividades de diversão para os brasileiros. A demanda por profissionais na área é alta, mas é imprescindível que os jovens invistam em formação específica para ingressar no mercado.
De acordo com o coordenador do curso de graduação tecnológica em Jogos Digitais da PUC-SP Rogério Cardoso, a qualidade do ensino brasileiro pode ser considerada alta. “Do ponto de vista técnico, formamos pessoas para trabalharem no mercado internacional; inclusive, muitas empresas brasileiras já produzem para fora”, diz. “Agora, ainda não temos empresas nacionais estabelecidas que consigam competir com as estrangeiras”, completa.
Segundo ele, o mercado brasileiro está em franca expansão e, por isso, só consegue absorver profissionais qualificados. “É raro uma pessoa ainda em formação ser contratada”, destaca. Rogério também aponta onde é mais provável conseguir um emprego. “Em função da grande demanda, as melhores oportunidades estão em empresas que produzem jogos para smartphones e para redes sociais”, explica.
Para formar um profissional completo, os cursos de graduação na área de jogos eletrônicos devem garantir que o aluno seja tecnicamente bem preparado. Mas isso, apenas, não basta. O profissional precisa estar qualificado para pensar todas as faces de um jogo.
“Por exemplo, conceitos de roteiro não linear são utilizados para que o jogar não se torne simplesmente uma tarefa repetitiva, arquétipos podem ser utilizados para definir quem é o herói e quem é o vilão, conceitos de design são utilizados tanto para estética como para modelar a experiência do usuário etc.”, conclui Rogério.
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A demanda por profissionais na área é alta, mas a qualificação é imprescindível.