"Fazer cinema não é só filmar, tem que saber sonorizar", afirma o cineasta Beto Strada em relação à importância do áudio no cinema. De 12 a 15 de maio, Beto Strada dirigiu a oficina "O Som em Cena", que fez parte da 1ª Semana Integrada de Design e Informática da Faculdade de Tecnologia Senac Goiás. Durante esses quatros dias, o cineasta transformou o auditório da Faculdade em um verdadeiro estúdio de produção sonora, e ensinou técnicas de manipulação e criação de ruídos, bem como a magnitude do som na indústria cinematográfica.
O workshop foi dedicado aos alunos do curso Produção Multimídia, da Faculdade Senac Goiás, e abordou temas como a origem e a importância da música no cinema, as técnicas dos grandes compositores e arranjadores de trilhas sonoras do cinema internacional e a linguagem dos ruídos. Os alunos aprenderam a produzir foley, que é o conjunto de sons que compõem um filme, com exceção dos diálogos. De acordo com Beto Strada, "no Brasil o áudio não é valorizado tanto quanto a imagem e isso prejudica os produtos nacionais".
O cineasta propôs aos estudantes criar ruídos com o uso de objetos como guarda-chuvas, recipientes plásticos e outros elementos simples. O resultado foi a releitura da ambientação sonora do filme Ratatouille, longa-metragem norte-americano do gênero animação, lançado em 2007. A partir de utensílios domésticos, a turma de Produção Multimídia produziu um novo foley à animação, que ainda está em processo de edição. Segundo Beto Strada, o trabalho de readequação sonora desenvolvido pelos alunos foi satisfatório. "Quem dá importância ao áudio, produz material diferenciado, porque estudou para utilizar esta ferramenta".
Em breve, o conjunto de sons criado durante a oficina para o Ratatouille estará disponível, aguardem!