05.08.2013

Postado por Senac Goiás

crédito: Comportamento

Dedicação na medida - Workaholic: será que pega bem?

Respeitar limites e reconhecer valores é importante na hora de escolher um emprego

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Workaholic é uma expressão americana que teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). Ou seja, ela denota um vício e é usada para designar pessoas que trabalham muito além das oito horas diárias.
 
Há algum tempo, essa atitude era símbolo de status. Funcionários que chegavam mais cedo e ficavam até mais tarde eram vistos como aqueles que realmente vestiam a camisa da empresa. A Geração Y, no entanto, passou a buscar mais qualidade de vida. O aumento da competitividade no mercado e as diversas oportunidades também deixaram as pessoas mais livres dentro das organizações.
 
De uns tempos para cá, para “mostrar serviço”, passou a ser suficiente cumprir todas as tarefas dentro do prazo. E mais: passar muito tempo entre os afazeres da empresa podia demonstrar falta de organização.
 
Renan Dias, 24, estudante de Administração, trabalhou em um escritório onde já até levou bronca por ficar tempo de mais na empresa. ''Às vezes tinha muita coisa para fazer e eu acabava não dando conta, mas meus coordenadores me obrigavam a cumprir o horário'', lembra.
 
Para Regina Katerine Paragassu, sócia da Oficina de RH, algumas empresas estimulam que se fique trabalhando até mais tarde, outras até apoiam dias de homeoffice – o que está em decadência é a postura de trabalhar além do previsto, sem que existam urgências. “Há momentos em que é necessário doar um pouco mais do seu tempo, mas nem sempre. Fazer média com gestores não é bacana”, afirma.
 
Dedicação na medida – Mesmo diante dessas tendências, algumas companhias ainda consideram comum trabalhar além do período estipulado. Murilo Ramos, 21, que trabalha na área de suprevisão administrativa em uma distribuidora de produtos químicos, já se sentiu censurado por deixar a empresa no horário. “Recebi olhares tortos e não entendi. Fiquei envergonhado, mas tinha outros compromissos e fui embora”, lembra.
 
“Há lugares em que ficar mais do que o previsto é recompensado, é tido como um esforço para alcançar um cargo mais alto”, explica Elisângela Lopes, consultora de RH da Everis. No entanto, é preciso mostrar resultados, pois passar o tempo na empresa sem produzir nada de útil não é bem visto em lugar nenhum.
 
Por isso, na hora de escolher onde trabalhar é necessário pensar nas suas prioridades e se você está de acordo com os valores da empresa. Cada lugar tem sua rotina e seus métodos – isso vai depender da cultura local. Para não se frustrar mais tarde, Izabel de Almeida, diretora executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, dá uma dica: “No processo seletivo, o entrevistado deve explorar o perfil da empresa: a dinâmica, a carga horária, quais são as demandas. Vários meios de comunicação hoje facilitam essa busca”.
 
Cada um tem suas preferências e deve respeitar seus limites. A qualidade de vida, de uma forma ou de outra, deve contar. Há pesquisas que indicam a felicidade e o bem estar como geradores de produtividade, e o descanso e o lazer como fatores positivos para a rotina de trabalho. As pessoas refletem no emprego o que são na vida social. É preciso querer crescer e prosperar, mas na dose certa. Encontrar o equilíbrio costuma ser o melhor caminho.
 

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