Alunos da Faculdade Senac apresentam projeto sobre Aterro Sanitário
Seguindo tendência do mercado de trabalho, os alunos do curso Gestão Ambiental, Cássio Bergamasco e Virgínia Lages, apostam em infraestrutura que faz falta em quase 97% dos municípios goianos
Natânia Carvalho, estagiária de Jornalismo.
Há dois anos, o Brasil aprovou o projeto de lei (PLS 354/89) que institui a Política Nacional de Resíduos sólidos (PNRS). Depois de vinte anos de debates, foi elaborado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos que pretende transformar a maneira que lidamos com o lixo. O texto, que passou por um processo de consulta pública, possui três pontos principais: o fechamento dos lixões até 2014, o fato de apenas os rejeitos poderem ser encaminhados para os aterros sanitários e a elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios.
Os alunos do curso superior de tecnologia em Gestão Ambiental da Faculdade Senac Goiás Cássio Bergamasco e Virgínia Lages já estão pensando no futuro do lixo no Brasil. Eles formaram uma dupla e apresentaram o trabalho de conclusão de curso juntos sobre esse assunto tão visado no atual mercado de Gestão Ambiental, o aterro sanitário.
Logo abaixo, você confere uma entrevista feita com Cássio Bergamasco sobre seu projeto de TCC, sua formação na Faculdade de Tecnologia Senac e, também, sobre a Biocoleta, empresa em que é um dos responsáveis.
Qual foi o projeto apresentado?
O trabalho apresentado trata-se de um projeto de aterro sanitário consorciado intermunicipal entre Brazabrantes, Nova Veneza e Santo Antônio de Goiás, todas as cidades em Goiás. Em suma, o projeto apresenta aspectos de viabilidade técnica e orçamentária, além de traçar diretrizes para implantação, operação e encerramento do aterro. Por se tratar de um aterro consorciado, que beneficia três municípios concomitantemente, tal empreendimento pode ser considerado uma solução viável para a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos (RSU) para quase 20.000 habitantes pelos próximos 15 anos.
Porque vocês resolveram trabalhar nesse projeto?
Vale ressaltar que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos de certo modo impulsionou a demanda por profissionais qualificados em implantar aterros sanitários. Os gestores municipais agora pressionados pela lei, que dispõe que até 2014 será o prazo máximo para que as cidades direcionem corretamente seus resíduos, devem contratar terceiros para implantar e gerenciar aterros. Em relação ao Estado de Goiás, a maioria de pequeno porte. Por este motivo optamos um projeto com tal temática.
Quais foram as principais dificuldades de executar o projeto?
Entre os itens inseridos no projeto, considero a parte executiva, aquela que consta o dimensionamento e método construtivo dos elementos que compõe o aterro e o levantamento orçamentário, os itens mais complicados de executar.
Como vocês avaliam a aplicação do curso de Gestão Ambiental da Faculdade de Tecnologia Senac no mercado? E do projeto final apresentado por vocês?
O curso de Gestão Ambiental da Faculdade de Tecnologia Senac Goiás ganhou menção 5 no MEC não foi à toa. Com professores competentes e uma infraestrutura de dar inveja em muitas universidades particulares e públicas do país, pudemos, então, obter bons conhecimentos para um mercado de trabalho em pleno desenvolvimento. Nosso projeto final nos proporcionou uma visão teórica e prática sobre um empreendimento que faz falta em quase 97% dos municípios goianos, ou seja, nos proporciona confiança para atuar em projetos de aterros sanitários de pequeno e grande porte.
Cássio, você já está no mercado por meio da empresa Biocoleta. Como tem sido essa experiência?
A empresa Biocoleta, apesar de existir há mais tempo do que o período em que estive estudando no Senac, expandiu sua área de atuação graças aos conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Hoje, atendemos o Brasil inteiro com uma tecnologia ambiental aparentemente simples, mas que se torna item indispensável para programas de educação ambiental que envolva coleta de óleo residual de fritura. Mesmo com tal crescimento, é preciso avançar mais, quem sabe agregar outros serviços e produtos na área da sustentabilidade.