Com sequelas de AVC, aluno de Jataí é o primeiro a chegar em sala
Mesmo com mobilidade reduzida, e o lado esquerdo do corpo comprometido, Alessandro vai até a aula horas antes da aula para não se atrasar
A dedicação do aluno Alessandro Mangabeira chamou a atenção dos instrutores, alunos e colaboradores do Senac de Jataí, município do estado de Goiás. Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) grau dois, o aluno que trabalhava como pedreiro não se deixou abater e partiu em busca de novos conhecimentos, por meio do curso técnico em Segurança do Trabalho do Senac. Com o AVC, ele teve os movimentos do lado esquerdo comprometidos e a sua fala prejudicada, a qual foi recuperando aos poucos com o acompanhamento fonoaudiológico. “Eu sofri AVC viajando dentro de um ônibus. Eu não posso mais trabalhar em serviço braçal e num belo dia eu vi na televisão local que estavam abertas vagas de gratuidade de cursos técnicos. Juntei meus documentos e vim no Senac, fiz minha inscrição e hoje estou aqui”, conta.
A rotina do Alessandro começa cedo. Logo às 6 horas da manhã, ele sai de casa para ir até a aula e leva cerca de uma hora para chegar até o Senac. A dificuldade em andar a pé fez com que ele se dedicasse para não se atrasar nem um dia sequer. “Eu saio de casa às 6 horas da manhã a pé e gasto mais ou menos 55, 60 minutos para chegar até o Senac, porque se for pagar mototáxi, Uber, não tem como. Aí chego bem cedo porque como sempre digo: prefiro esperar do que ter que faltar e estou aqui já quase terminando o curso”, explica.
Isso demonstra todo seu empenho para se tornar o profissional tão sonhado, e se engana quem pensa que ele quer ocupar exclusivamente a função administrativa. Sua limitação não o impede de sonhar além para se tornar o profissional técnico operacional, que trabalha durante horas de pé, fazendo a inspeção dos equipamentos e das condições de trabalho com o objetivo de investigar e mitigar possíveis causas de acidentes em locais como obras, depósitos e empresas.
“Meu maior aprendizado tem sido o conhecimento do curso, que antes eu achava que era superficial, mas agora vejo que é bem aprofundado. Eu não sabia o que era NR, tabela de risco, não sabia de nada e o curso é bem completo. Você já sai capacitado para o mercado de trabalho e é esse o meu foco: trabalhar quando me formar. Eu não quero só ter o diploma e o Senac está me proporcionando isso. O tratamento de todos comigo aqui é muito bom, me sinto como na minha família”, ressalta.
A alegria do Alessandro ao falar do curso é refletida com um brilho no olhar que demonstra que mesmo com as adversidades, é possível lutar quando se almeja um objetivo. Sua vida totalmente alterada por causa do derrame não é motivo de derrota, mas sim de superação e inspiração para outros colegas do Senac Jataí.
O instrutor do curso técnico, Daniel Parise, fala com orgulho sobre a inspiração que o Alessandro se tornou para todos os colegas e colaboradores do Senac. “Ele se dedica muito em tudo que faz. Tanto nas atividades de dentro, como fora de sala, por exemplo, ele chega mais cedo porque ele tem a dificuldade de mobilidade. Tivemos uma visita ao corpo de bombeiros, para não correr o risco de se atrasar, ele se antecipou”, afirma.
De acordo com Daniel, Alessandro já tem planos de fazer um curso de informática para ampliar os conhecimentos que serão essenciais para a profissão, já que um dos desafios do aluno é com informática, devido à falta dos movimentos da mão esquerda. “Como ele só movimenta a mão direita, temos que usar, por exemplo, o teclado de aderência. De qualquer forma, nos assuntos técnicos do curso, ele se dedica, faz as atividades e tira as dúvidas. Agora, ele já está fazendo o projeto integrador, que é o projeto de conclusão do curso. A previsão é encerrarmos em agosto deste ano e o Alessandro é um aluno que terá o diploma merecido se formando satisfatoriamente”, destaca.
O estudante conta que sua vida mudou em vários aspectos. “Fiz novas amizades, tive conhecimento do curso. Se for numerar, nem sei falar. Eu faço questão de levantar todo o dia de manhã para vir para o curso, porque eu fico ansioso para chegar aqui”, explica.
Segundo Alessandro, sua família está feliz. “Minha família fica orgulhosa porque talvez era pra eu estar em cima de uma cama, desistindo de tudo, mas estou aqui, lutando, buscando o meu objetivo. O curso é um ano e meio e já completamos 61% e isso para mim é uma vitória. Teve até uns conhecidos meus que falaram: ‘você não dá conta’. Aí eu falei: eu consigo, tanto é que eu estou aqui hoje”, frisa.
Alessandro inspira outras pessoas a se posicionarem diante dos problemas. “A pessoa que tem alguma dificuldade, uma limitação, não precisa se esconder, pode buscar seus sonhos. Você vai conseguir, como estou conseguindo. Não limite seus sonhos, você consegue!”, destaca.
A rotina do Alessandro começa cedo. Logo às 6 horas da manhã, ele sai de casa para ir até a aula e leva cerca de uma hora para chegar até o Senac. A dificuldade em andar a pé fez com que ele se dedicasse para não se atrasar nem um dia sequer. “Eu saio de casa às 6 horas da manhã a pé e gasto mais ou menos 55, 60 minutos para chegar até o Senac, porque se for pagar mototáxi, Uber, não tem como. Aí chego bem cedo porque como sempre digo: prefiro esperar do que ter que faltar e estou aqui já quase terminando o curso”, explica.
Isso demonstra todo seu empenho para se tornar o profissional tão sonhado, e se engana quem pensa que ele quer ocupar exclusivamente a função administrativa. Sua limitação não o impede de sonhar além para se tornar o profissional técnico operacional, que trabalha durante horas de pé, fazendo a inspeção dos equipamentos e das condições de trabalho com o objetivo de investigar e mitigar possíveis causas de acidentes em locais como obras, depósitos e empresas.
“Meu maior aprendizado tem sido o conhecimento do curso, que antes eu achava que era superficial, mas agora vejo que é bem aprofundado. Eu não sabia o que era NR, tabela de risco, não sabia de nada e o curso é bem completo. Você já sai capacitado para o mercado de trabalho e é esse o meu foco: trabalhar quando me formar. Eu não quero só ter o diploma e o Senac está me proporcionando isso. O tratamento de todos comigo aqui é muito bom, me sinto como na minha família”, ressalta.
A alegria do Alessandro ao falar do curso é refletida com um brilho no olhar que demonstra que mesmo com as adversidades, é possível lutar quando se almeja um objetivo. Sua vida totalmente alterada por causa do derrame não é motivo de derrota, mas sim de superação e inspiração para outros colegas do Senac Jataí.
O instrutor do curso técnico, Daniel Parise, fala com orgulho sobre a inspiração que o Alessandro se tornou para todos os colegas e colaboradores do Senac. “Ele se dedica muito em tudo que faz. Tanto nas atividades de dentro, como fora de sala, por exemplo, ele chega mais cedo porque ele tem a dificuldade de mobilidade. Tivemos uma visita ao corpo de bombeiros, para não correr o risco de se atrasar, ele se antecipou”, afirma.
De acordo com Daniel, Alessandro já tem planos de fazer um curso de informática para ampliar os conhecimentos que serão essenciais para a profissão, já que um dos desafios do aluno é com informática, devido à falta dos movimentos da mão esquerda. “Como ele só movimenta a mão direita, temos que usar, por exemplo, o teclado de aderência. De qualquer forma, nos assuntos técnicos do curso, ele se dedica, faz as atividades e tira as dúvidas. Agora, ele já está fazendo o projeto integrador, que é o projeto de conclusão do curso. A previsão é encerrarmos em agosto deste ano e o Alessandro é um aluno que terá o diploma merecido se formando satisfatoriamente”, destaca.
O estudante conta que sua vida mudou em vários aspectos. “Fiz novas amizades, tive conhecimento do curso. Se for numerar, nem sei falar. Eu faço questão de levantar todo o dia de manhã para vir para o curso, porque eu fico ansioso para chegar aqui”, explica.
Segundo Alessandro, sua família está feliz. “Minha família fica orgulhosa porque talvez era pra eu estar em cima de uma cama, desistindo de tudo, mas estou aqui, lutando, buscando o meu objetivo. O curso é um ano e meio e já completamos 61% e isso para mim é uma vitória. Teve até uns conhecidos meus que falaram: ‘você não dá conta’. Aí eu falei: eu consigo, tanto é que eu estou aqui hoje”, frisa.
Alessandro inspira outras pessoas a se posicionarem diante dos problemas. “A pessoa que tem alguma dificuldade, uma limitação, não precisa se esconder, pode buscar seus sonhos. Você vai conseguir, como estou conseguindo. Não limite seus sonhos, você consegue!”, destaca.